E foi assim:
começou uma história de uma forma
incrivelmente corajosa,
e a terminou de uma forma
incrivelmente covarde.
Decidiu queimar seus livros ao invés de guardá-los
na estante.
Tão literata, teve súbito asco de refolhear páginas,
saudar figuras,
revisar capas.
Como se nada houvesse de útil para cultivar.
- O que importa é o presente.
O passado não me importa.
O futuro não me importa - pensou leviana.
Olhou com seus óculos embaçados
para a estante vazia e, feliz, celebrou.
Não juntou traças.
Não juntou poeira.
Não juntou nada.
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