A cada ano que nao sorvo magia e nao posso vomita-la em canto;
A cada mes que nao sinto encanto numa tal tensa face intensa enrijecida pelo tempo;
A cada semana que aspiro o perfume ocre do rio morto que corta a cidade;
A cada dia a mostrar os dentes pelas oito horas que escorrem no estabulo; A
A cada minuto que nao ejaculo estrelas;
A cada segundo pensamento, daquele tipo que pondera, prende, amarra, enraiza e inercia;
Inerte: sangro.
Rio.
Sangro.
Rio e sangro em demasia!
Hemorrajo dores.
Coagulo sonhos.
Queria ser agua;
Mas verto vinho.
Enfim, avinagro.
Evaporo.
Remanesço.
Aguardo alegre pelas traças que marcharao sobre a terra;
Pela proxima pagina;
Pelas paredes bordeaux descascadas;
Pelo bolor do teto pinguejante;
Por mim;
Por ti;
Por nos:
Amem.
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