Só para raros.

[Entrada ao preço da razão]

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Adeus, marinheiro


Só sobram a mim, as espumas das ondas azuis do verão
Soçobram em mim, os barquinhos virados na luz do trovão
Muito foram ululados: negros ventos por ti no razão
E tantos peixes alados: a cantar lá sol sem dó de si no porão

Nunca mais me visitastes, tampouco pôdes me escrever
Já não podias mais me ser ao fim nem teus botões coser
Mas sei que ainda suspirava a maresia em tempo ver
Pesadelava em heresia ao me sentir só por chover

De bombordo a boreste, marujo sobrestado!

Sobre este estado, não mais resta rede e peixe não mais há
Pois foste ao fundo do teu céu buscar a estrela do teu mar